O projecto dado a peculiaridade da sua dimensão e posicionamento no quarteirão , assim como da envolvente próxima revelou-se de particular dificuldade.
Do programa constava construir um edifício para apartamentos, e foi aprovado, e começada a construção com esse objectivo.
Durante este processo, e conhecendo o gosto que um dos sócios e sua família têm pela Barra e em particular por este local, tentei convencer a transformar o multifamiliar numa moradia.
Parece que a minha insistência deu fruto, e já a obra estava para iniciar, mudou-se o rumo do desenho, e assim surge na versão final, a transformação aconselhada.
Reiniciou-se os desenhos, com o habitual diálogo e depois de muitas hipóteses, lá se chegou á solução final, e inevitavelmente reformulou-se também os projectos das engenharias.
Neste momento e com o interior praticamente terminado, o exterior, tem sido fruto de muitas hipóteses em termos da afinação dos materiais finais, com muitas simulações, e testes nas fachadas para dar o toque final e conclusivo do edifício.
É curioso, que os comentários sobre o mesmo eram do tipo “não está mal, mas não falta lá mais qualquer coisa….”, Divertia-me estes comentários, e agradavam-me pois intuitivamente percebia-se que a volumetria quase “monolítica”, tinha ( e tem ) que ser agarrada á envolvente , tem sido um processo cauteloso, mas creio que as matrizes inicialmente estipuladas , vão ser cumpridas.