Está aqui

Localizada próximo do centro de Aradas, no lugar de Verdemilho, vizinha da Junta de Freguesia, da Igreja Matriz, entre outros equipamentos caracteriza-se pelo "preciosismo dos espaços interiores. Tal como a habitação "irmã" tem no exterior Alucobond (aluminio) capeamento a tijolo de grês Vale da Gandara e pintura de cor branca. O cuidado dado ao espaço interior e sobretudo ao estudo da luz foi a prioridade principal neste trabalho. Apesar dos logradouros de dimensões restritas tal facto não é perceptivel, tal acontece pelo tipo de qualificação dos espaços de pateo envolvente. Quando nos deixam levar um projecto até ao seu limite, vale a pena ser Arquitecto.

Os páteos ou logradouros, são espaço situados dentro do lote ou parcela, mas a céu aberto, têm muitos usos, embora tradicionalmente teham funcionado para ventilar e iluminar com luz natural as habitações, em particular as fachadas que com estes confrontam. Estes espaços têm sido repensados e requalificados sendo-lhes atribuido novos usos, mesmo em locais e zonas climáticamente mais frias. A sensação de amplitude e boa iluminação que adquire um espaço destes por muito pequeno que seja é uma das razões por que o seu uso é multifacetado. Quando é possivel ter privacidade ou quando se acautelam as questões de privacidade este adquire um carácter de local de descanso e ludico muito do nosso agrado.

Os telheiros ou terraços têm cada vez mais um papel muito importante quer nas moradias quer nos apartamentos. Basta observar o papel que as varandas em balanço têm adquirido no nosso espaço construido. Os terraços são "filtros" fundamentais que unificam e suavizam a transição entre o interior e exterior. Permitem aumentar a sensação de área útil da habitação, funcionando como uma extensão da mesma. Constituem lugares de ócio, socialmente primordiais, e que possibilitam uma melhor qualidade de vida. São também o local que melhor permite fazer a leitura do sitio interpretá-lo, qualificando-o.

Os novos estilos de vida ocasionaram o surgimento de novos tipos de trabalhos e formas diversas de os executar. As vivendas passaram a ter necessidade de possuir um espaço para este tipo de actividade. A falta de espaço obrigaram muitas vezes a soluções mais criativas e engenhosas para possibilitar um lugar acolhedor nas habitações para o trabalho. É curiosa verificar que tanto a habitação tem de contemplar espaços para trabalhar, como os espaços de trabalho se têm convertido em lugares de habitar. Por exemplo nos lofts.

Tradicionalmente a sala, cozinha e refeições eram espaços autonomos, hoje em dia tal já não acontece tão frequentemente, uma vez que é vulgar que as refeições se façam num mesmo espaço apelidado de sala. Esta concepção aberta proporciona um espaço amplo que fomenta o convivio diário. A forma e tamanho da mesa resulta numa opção fundamental, tanto para a seleção da iluminação quer na relação com as outras divisões. Actualmente a cozinha acaba por absorver a sala de refeições (pelo menos no que diz respeito à nossa realidade).

A sala é tradicionalmente o lugar onde as reuniões sociais acontecem e se recebe as visitas. Ao longo das últimas decadas experimentou-se muitas alterações neste tipo de espaços. A introdução de elementos como a televisão e e outros equyipamentos tecnologicos todos dedicados ao ocio alteraram a disposição do mobiliário. Por outro lado passou a ser um espaço de descontração e descanso. O que obrigou a "subdividir" a sala em pequenos espaços como seja o descanso a refeição a televisão e cinema multimédia.

p>Desde a antiguidade que as cozinhas definem numa casa um papel primordial. Este espaço intimo onde o ser humano desde sempre desenvolve as suas tarefas domesticas e disfruta do calor do lume. lugar também de convivio e reunião familiar. A cozinha é no fundo o coração do espaço doméstico. Estas ao longo do tempo vão adatando ás necessidades de cada época. O desenho das cozinhas em grande parte do mundo adoptou o modelo norte-americano que se integra no resto da casa tanto em apartamentos como em vivendas.

A casa continua a levantar, no inicio do novo milénio, questões de projecto, de produção e de conceito. Continua a ser receptáculo intenso e poderosamente atrativo para o exercicio da arquitectura. De facto podemos dizer que o seculo XX foi fruto de grandes transformações na celula familiar. A casa como objecto de experiências e o seu projecto como mecanismo de evoluição é e foi um dos temas favoritos da arquitectura contemporânea.

Quando a mente humana organiza um corpo de pensamentos, fá-lo em termos de imagética espacial. O desenho de um edifício é a organização espacial dos pensamentos acerca das suas funções. Inversamente, toda a organização de pensamentos assume a forma de uma estrutura arquitectónica. Assim, pode dizer-se que todo o bom pensamento aspira à condição da Arquitectura. Por isso André Maurois enaltece a principal obra de Marcel Proust, dizendo que tem a simplicidade e a majestade de uma catedral, e cita, de uma carta escrita por Proust a Jean de Gaigneron, em 1919:

O apartamento é a evoluição lógica da habitação no super povoado mundo actual. O limitado espaço urbano obrigou a que os cidadãos adoptassem um espaço de dimensões mais reduzidas do que as da casa tradicional para poder continuar a desfrutar das vantagens de viver no centro da cidade. Não obstante, o termo apartamento não tem sinónimo da falta de comodidade ou de ausência de atrativos. Pelo contrário, pode ser um habitáculo mais funcional e um magnifico exemplo de arquitectura. Embora a tendência actual seja que os apartamentos vão ganhando popularidade entre os que acedem a uma nova habitação, não há que enganar; o desenho de um apartamento de sonho não é necessáriamente mais simples nem mais económico do que uma vivenda.

Páginas